A RESSACA DA DEMOCRACIA DEPOIS DAS MANIFESTAÇÕES QUE SINALIZAM O FUNERAL DO ATUAL GOVERNO
AGORA VEM UM CANSAÇO INDEFINIDO, VONTADE DE DORMIR, DE FECHAR OS OLHOS, DE ENCOSTAR O CORPO
Isso tudo é normal
Refluem os movimentos porque ainda não existe um Líder, pois bandeiras já existem aos montes tais como os protestos: contra a corrupção, impunidade, insegurança publica, altos impostos, PEC 37, desarmamento, censura, mensalão, brutalidade da repressão policial, etc.etc. A galvanização da sociedade, hoje e ontem insatisfeita com o governo, com os desmandos praticados contra nós, povo, foi a força que moveu os bons, decentes, pelo Bem Comum, tal como tem movido outros povos em outras nações. E da mesma forma como aqui, em outras nações também refluem; sugiro que isso é normal, porém que retornarão abruptamente, quando menos se esperar.
Turquia: quando os de baixo já não querem e os de cima já não podem
© Voz da Rússia
Na Turquia começou o tempo de refletir sobre a situação em que o país se encontra. Praticamente todos parecem entender que a vida no país não voltou a ser o que era. Mais ainda, que o país nunca mais voltará a ser o mesmo.
Entretanto, o primeiro-ministro Erdogan, contra quem eram dirigidos os protestos, declara: “Vamos limpar /a praça/ Taksim e o parque Gezi dos invasores”. Parece que ele está sinceramente orgulhoso de a polícia ter reprimido as ações dos “saqueadores, extremistas e marginais”.
Para um observador exterior, a situação é vista da seguinte forma: Erdogan, embalado pelos sucessos econômicos e dispondo de um poder absoluto, esqueceu-se que o apoio de metade dos eleitores nas eleições não significa que todo o país goste dele. A outra metade da população não é assim tão amistosa quanto ele desejaria.
Claro que nas manifestações de protesto participaram milhares de pessoas desta minoria ativa, que determina o clima político em qualquer que seja o país.
Houve protestos em praticamente todas as grandes cidades e vimos inscrições “Erdogan, demite-te”, “Taksim, resiste!” até nas rochas de um desfiladeiro de difícil acesso.
A primeira conclusão a tirar é que as qualidades pessoais do chefe de Governo e do partido governante não satisfazem uma parte significativa da sociedade. Este descontentamento foi expresso de forma mais do que clara.
Segundo, a classe média turca mostrou que existe e que tem objetivos de vida que não combinam com a estrutura política existente. A maioria daqueles que vieram para a rua em dezenas de cidades apoiaram os protestos nas redes sociais – se trata de jovens instruídos e com um relativamente bom nível económico, que não se consideram islamistas, nem nacionalistas turcos, nem separatistas curdos, nem kemalistas. LEIA MAIS
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